Ter o nível do PSA (Antígeno Prostático Específico) alto no exame pode ser uma suspeita de câncer de próstata, mas não necessariamente confirma a presença da doença. Apesar de altas taxas de PSA serem detectadas em homens com tumores na glândula, há uma série de fatores que podem estar envolvidos nesse resultado
Portanto, ter PSA alto indica que existe a necessidade da realização de mais exames para que o diagnóstico seja conclusivo.
Mas o que é o PSA?
O teste do PSA mede o nível de uma proteína produzida pela próstata e é feito por meio de um exame de sangue. Os resultados são reportados em nanogramas por mililitro (ng/mL) e passaram a ser utilizados nos anos 1980 como uma ferramenta de monitoramento para tumores na próstata, até porque é comum que a doença, principalmente, nos estágios iniciais, não manifeste sintomas nos homens.
No entanto, cabe um ponto de atenção importante: o resultado do exame de PSA não significa a confirmação (ou não) de um câncer de próstata, mas funciona como um teste de rastreamento; ou seja, quem tiver um índice alto de PSA, deverá realizar outros exames, como o exame de toque retal e de imagens, para melhor avaliação. Caso a suspeita sobre o câncer de próstata permaneça, a biópsia deve ser indicada para o diagnóstico exato.
Por que o nível do PSA pode aumentar?
A produção de PSA pela próstata aumenta conforme a idade avança. Outros fatores importantes para elevar o nível do antígeno são infecções, inflamações ou a hiperplasia prostática benigna. Praticar atividades sexuais próximo ao dia do exame ou ter andado de bicicleta também podem interferir no resultado. Por outro lado, condições como a obesidade ou a ingestão de medicamentos anti-inflamatórios pode reduzir a taxa de PSA.
O valor considerado "normal" do PSA pode variar de acordo com o paciente. Na verdade, esse termo sequer é utilizado pela comunidade médica, mas sim "elevado" ou "não elevado”.
Exame de PSA utilizado durante a vigilância ativa
Caso o paciente já tenha sido diagnosticado com câncer de próstata e a conduta terapêutica seguida foi a vigilância ativa, o exame de PSA poderá auxiliar nas análises do especialista.
A vigilância ativa pode ser adotada quando o tumor é considerado de baixo risco e lenta progressão. Nesses casos, o exame para medir os níveis do antígeno prostático específico, o de toque retal e os de imagens (como a ressonância magnética) podem ser analisados periodicamente para verificar como está a progressão da doença e se será necessário iniciar algum tratamento, como a cirurgia ou radioterapia.