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Quais os tipos de biópsia para o diagnóstico do câncer de próstata?

A biópsia da próstata é o exame indicado para confirmar ou excluir o diagnóstico de um câncer de próstata. Em geral, o médico urologista solicita a biópsia, depois de receber alterados os resultados do exame de PSA (antígeno prostático específico),  que é um teste realizado a partir da coleta de amostra de sangue do paciente, e de perceber a presença de nódulos na próstata por meio do toque retal. Outro exame que pode levar à necessidade de pedir uma biópsia é a ressonância, quando a imagem mostra achados suspeitos.

 

biópsia para o diagnóstico do câncer de próstata

Para realizar a biópsia é preciso coletar pequenos fragmentos da glândula prostática para análise do médico patologista. O principal objetivo da biópsia é verificar a presença de células malignas, mas esse exame também pode ser utilizado para investigar outras doenças, como prostatite crônica ou hiperplasia prostática benigna (HPB).


O exame não causa dor, mas pode haver algum desconforto, por essa razão, é feito sob anestesia local (aplicada ao redor da próstata) ou sedação do paciente.

 

Antes e depois da biópsia para o diagnóstico do câncer de próstata

 

Para fazer uma biopsia da próstata, o paciente é orientado a realizar um preparo que, entre outros aspectos, contribui para que não haja complicações durante e depois do exame. Em linhas gerais esse preparo consiste em: tomar o antibiótico receitado pelo médico por três dias antes do exame; estar em jejum completo de seis horas antes do procedimento; fazer o esvaziamento ou limpeza do intestino, de acordo com orientação do médico e/ou laboratório; urinar alguns minutos antes do exame; trazer um acompanhante.

 

Depois da biópsia da próstata, o paciente deverá tomar os antibióticos prescritos pelo médico; fazer uma dieta leve nas primeiras horas; evitar esforço físico nos primeiros dois dias e manter abstinência sexual por três semanas. Todas essas orientações podem variar um pouco de acordo com o perfil de saúde do paciente, a técnica utilizada e a instituição/médico que realizará a biópsia.

 

Em geral, o exame é considerado seguro, com riscos muito baixos de infecção urinaria ou sangramento. É muito raro o paciente apresentar algum tipo de complicação após o procedimento. Além disso, diferentemente do que algumas pessoas acreditam, a biópsia não apresenta perigo de causar a disseminação de um eventual câncer para outras áreas do corpo.

 

Diferentes técnicas da biópsia da próstata

 

A biopsia da próstata pode ser realizada por via transretal ou transperineal. No caso da biopsia transretal, a coleta das amostras da próstata é feita pelo reto.  Ou seja,  uma sonda de ultrassom é introduzida no reto para guiar a coleta do material. Na técnica transperineal,  por sua vez, as amostras são coletadas por meio de pequenas incisões na pele na região entre o escroto e o ânus (períneo).

 

Comparando as duas técnicas, estudos já demonstraram que procedimentos feitos via reto podem resultar em maior risco de complicações infecciosas. Isso ocorre porque o reto, apesar de facilitar a inserção da agulha e de todos os cuidados tomados antes do exame, tem maior potencial de estar contaminado por bactérias. Por conta desse risco é que pacientes submetidos a biópsias por essa técnica necessitam ser medicados preventivamente com antibióticos.

 

Já pela via transperineal, não há contato com regiões possivelmente contaminadas e, portanto, não há necessidade de administração prévia de antibióticos. Dessa forma, o método transperineal traz benefícios a todos os pacientes e, principalmente, para aqueles com baixa imunidade, como idosos, portadores de doenças crônicas, entre outros. A biópsia transperineal também apresenta menos risco de sangramento, quando comparada com a transretal. Isso representa um diferencial importante para pacientes com risco elevado de sangramento, por exemplo, portadores de doença renal, hepática ou cardíaca, distúrbios de coagulação.

 

Independentemente do método escolhido, é desejável que a biópsia seja auxiliada por um exame de ressonância nuclear magnética multiparamétrica da próstata, para que áreas suspeitas sejam adequadamente representadas na coleta do tecido.

 

 

O resultado da biópsia da próstata

 

O resultado da biópsia leva alguns dias para ficar pronto, o prazo varia entre os serviços de patologia que realizam a análise. O laudo apresenta informações detalhadas, como a classificação do tumor – maligno ou benigno. E, além disso, se confirmado o câncer, o grau de malignidade. Para isso, é utilizada uma escala global chamada escore de Gleason. O médico patologista analisa as amostras coletadas sob o microscópio e atribui notas com base nas características do tumor. Dentro do tumor pode haver células mais ou menos agressivas.

 

O score de Gleason atribui uma nota que varia numa escala que vai de 6 até 10. A nota do score, associada ao valor do PSA e aos dados dos exames clínicos e de imagem permitem classificar o paciente em grupos de risco (baixo, intermediário ou alto) para disseminação de doença e/ou possibilidade de recidiva após os tratamentos iniciais. A classificação de risco também contribui na tomada de decisão terapêutica dos pacientes.

 

Apesar da diferença entre os métodos disponíveis, ambas as técnicas de biópsia apresentam-se como alternativas seguras e efetivas para o diagnóstico e classificação inicial da doença

 

 

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