Uma das razões pelas quais o câncer tem tratamentos diferentes é a sua complexidade, cada tipo de câncer tem características genéticas diferentes e ao todo são mais de 100 tipos.
Dr. Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do IUCR, explica: Por que cada câncer tem um tratamento diferente?
Confira:
Vou usar um exemplo para explicar melhor. Quando a doença tem origem em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Já, se a origem são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados de sarcomas e assim por diante.
O tipo do câncer, geralmente, leva o nome do órgão onde ele teve início. Por exemplo, dois homens têm câncer de rim, mas eles podem ser de tipos diferentes. Um deles ter um carcinoma urotelial e o outro um carcinoma de células renais
Para cada uma delas o tratamento também pode ser diferente. São as características do câncer (tipo, subtipo, estadiamento, grau de agressividade, se há metástase, se existe mutação e em qual gene, as características moleculares e genéticas) e o perfil do paciente (clínico, físico e genético) que vão determinar o tratamento.
A equipe multidisciplinar (cirurgião oncológico, oncologista clínico, radioterapeuta ) é quem deve avaliar todas essas peculiaridades de forma individualizada para em conjunto definir o plano terapêutico mais adequado para cada paciente, considerando a cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, hormonioterpia e a ordem desses procedimentos, se devem ocorrem simultaneamente, a quantidade de sessões.
Cada vez mais a medicina personalizada é utilizada. O câncer hoje já é considerado uma doença crônica, que pode ser controlada. Por isso, é muito importante conhecer as particularidades do câncer, conversar com a equipe médica responsável para esclarecer todas as dúvidas e entender quais as alternativas mais indicadas para o tratamento em cada caso.