O câncer é complexo, ele agrupa um conjunto de mais de 200 tipos da doença e cada um deles tem características diferentes. Um câncer de mama pode ser classificado como carcinoma ductal in-situ ou câncer de mama triplo negativo ou outros tipos ainda, já um câncer de pulmão pode ser do tipo carcinoma espinocelular, por exemplo.
O nome do câncer é atribuído de acordo com o local em que ele teve origem e o seu subtipo será informado no laudo anatomopatológico após a confirmação da doença por meio da análise da biópsia (retirada de pequeno fragmento da lesão suspeita), por exemplo, o câncer que teve origem na mama pode ser do tipo ductal ou lobular e ainda baseado na imunoistoquímica, ser do tipo luminal, triplo negativo ou HER2 positivo.
Não são somente esses dados primordiais que a equipe médica precisa conhecer., mas também é fundamental conhecer o estadiamento da doença, ou seja, a extensão deste tumor.
O estadiamento é realizado com base em dados clínicos, anatomopatológicos (biópsia ou achado cirúrgico) e exames de imagem. Por convenção utiliza uma classificação padrão baseada em normas internacionais e que classifica de forma numérica a extensão do tumor. O estadiamento mostra o tamanho do tumor, grau de crescimento, a extensão da doença, se já se disseminou para outros órgãos, tecidos e linfonodos.
É considerando essas informações que a equipe médica poderá analisar de forma individualizada cada caso para determinar a conduta mais assertiva de tratamento para cada paciente.
Como é feito o estadiamento
O sistema de estadiamento TNM de Classificação dos Tumores Malignos, definido pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), é o mais utilizado no mundo. Ele considera a extensão anatômica da doença, incluindo as características do tumor primário (T), dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N), e a presença ou ausência de metástases a distância (M). Estes parâmetros são classificados, geralmente, de forma numérica (T0 a T4, de N0 a N3 e de M0 a M1), e também podem ser subclassificados alfabeticamente (a, b, c).
Tanto as graduações numéricas como as alfabéticas apresentam o nível de evolução do tumor e dos linfonodos comprometidos.
As categorias T, N e M quando agrupadas em combinações pré-estabelecidas, ficam distribuídas em estadios que, geralmente, variam de I a IV e podem ser subclassificados em A e B, para expressar o nível de evolução da doença. Quanto maior a numeração mais extenso está o câncer.