O câncer de próstata é o mais comum entre os homens (atras somente do câncer de pele não-melanoma), e o seu tratamento na maioria dos casos é a cirurgia onde é realizada a retirada de toda a próstata, chamada de prostatectomia radical. A cirurgia pode acarretar algumas sequelas como a incontinência urinária e a disfunção erétil.

O diagnóstico precoce do câncer de próstata é importante para detectar os casos iniciais da doença, aumentando as chances para uma cirurgia curativa, e a possibilidade de o cirurgião preservar as estruturas que ficam ao redor da próstata, minimizando as sequelas. O tratamento precoce do câncer de próstata pode evitar que haja a progressão para outras partes do corpo – em um processo chamado metástase, um estágio mais avançado da doença.
Atualmente, com as técnicas modernas, o tempo de internação após a cirurgia para a retirada da próstata é de um a dois dias, com a recuperação pós-cirúrgica em torno de 4 a 6 semanas. Caso o procedimento tenha sido feito por cirurgia robótica, esse período de recuperação poderá ser menor e trazer ainda menos riscos ao paciente.
Entenda quais são os efeitos que podem surgir após a retirada da próstata e o que fazer para amenizá-los
Quais são as possíveis condições adversas após a retirada da próstata
Há algumas condições adversas após cirurgia do câncer de próstata, porém em muitos casos, o paciente não vai apresentar nenhuma sequela ou essa situação poderá ser temporária. Isso porque há uma série de fatores que podem interferir nessa situação, como a idade, o estágio do câncer, a extensão da cirurgia ou mesmo as condições de saúde do paciente.
Quais são os possíveis riscos?
Incontinência urinária: cerca de 90% dos homens que têm a próstata removida passam por algum tipo de incontinência, como a de esforço (incapacidade de controlar a vontade de urinar), por transbordamento (nunca há a sensação de que a bexiga foi esvaziada), de urgência (quando surge frequentemente a vontade de urinar) ou contínua (quando a perda de urina é constante ao longo do dia).
Disfunção erétil: a capacidade do homem de ter uma ereção ocorre por causa de dois nervos em cada lado da próstata. Se um desses feixes forem removidos durante a cirurgia, poderá ocorrer dificuldades para a ereção; caso os dois sejam retirados, a disfunção erétil pode ocorrer em maior grau.
Infertilidade: em casos de prostatectomia radical (em que toda a próstata é retirada), o cirurgião poderá remover um canal chamado ducto deferente, que conecta os testículos com a uretra e é por onde passa o espermatozoide produzido. Essa remoção leva à incapacidade de ejaculação.
Outros efeitos adversos mais raros podem ocorrer depois da retirada da próstata, como linfedema e aumento do risco de desenvolver uma hérnia inguinal.
O que fazer se surgir efeitos adversos após a retirada da próstata
Essas reações podem ocorrer logo após a cirurgia e existem técnicas para evitar ou reduzir essas condições. Para os casos de incontinência urinária, o tratamento pode iniciar com uma fisioterapia e, se necessário, fazer a implantação de um esfíncter artificial. Já para a disfunção erétil, o uso de medicamento (sob supervisão médica), injeções no pênis ou mesmo uma prótese peniana podem ser opções. Se outros efeitos aparecerem, é importante informar o médico para saber qual a melhor conduta a ser tomada.
O mais importante é que o paciente depois de passar pelo tratamento do câncer de próstata, possa retomar as suas atividades e ter qualidade de vida. Complicações como a incontinência e a disfunção são contornáveis e podem ter menor risco de aparecer quando ocorre o diagnóstico precoce e o tratamento é menos invasivo.