A cirurgia robótica de câncer de próstata é uma evolução da cirurgia laparoscópica convencional.
O principal pilar de tratamento do câncer de próstata é a cirurgia, a chamada prostatectomia. Atualmente, a técnica mais avançada e indicada é a cirurgia robótica, uma evolução da cirurgia laparoscópica convencional, que é considerada uma técnica de cirurgia minimamente invasiva, onde o cirurgião opera utilizando uma microcâmera e instrumentos especiais.
Na cirurgia robótica, o médico tem o auxílio do robô para realizar o procedimento. São feitas pequenas incisões na região abdominal do paciente para inserção de quatro braços robóticos - em três deles são acoplados pequenos instrumentos cirúrgicos chamados de pinças, e no outro é acoplada uma microcâmera, que fornece imagens ampliadas e tridimensionais para o cirurgião.
O cirurgião comanda a cirurgia em uma cabine especial (similar a um console), onde tem acesso às imagens em tempo real do local a ser operado, e controla os “joysticks” que controlam os braços do robô (como um controle de videogame). Dessa forma, o robô reproduz os movimentos das mãos do cirurgião e o ajuda a obter uma precisão ainda maior durante todo o procedimento. As pinças robóticas fazem movimentos 360 graus e conseguem acessar regiões estreitas e angulosas. Além disso, um segundo cirurgião fica ao lado do paciente para auxiliar na cirurgia, manusear as pinças e fazer eventuais ajustes nos braços robóticos.
Para o paciente operado de câncer de próstata, a tecnologia robótica traz, entre seus benefícios: incisões muito menores, menor sangramento e diminuição das taxas de transfusão, menor tempo cirúrgico e de internação, menor risco de infecção, diminuição das dores e das complicações pós-cirúrgicas, recuperação mais rápida no período pós-operatório e retorno mais rápido às atividades diárias.
A nossa equipe é pioneira na utilização da cirurgia robótica no Brasil para câncer de próstata, tendo realizado mais de 5 mil procedimentos ao longo desses quase 15 anos.
Além disso, a cirurgia robótica diminui o risco de dois efeitos colaterais que são significativos em uma cirurgia de próstata convencional aberta, que são a incontinência urinária e a disfunção erétil.
A experiência tem mostrado que na maioria dos casos de cirurgia de próstata robótica a capacidade de ereção e o controle urinário do paciente são preservados. Isso acontece porque o procedimento com auxílio do robô permite a retirada da próstata com maior precisão cirúrgica, diminuindo o risco de haver lesões no esfíncter (músculo), que controla a urina, e nos nervos sacrais responsáveis pela ereção.
Em relação a risco de recidiva (retorno do câncer após o tratamento), a cirurgia robótica obedece a lógica de qualquer tratamento de câncer, quanto mais precoce for tratada a doença, maiores as chances de cura.
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